Seis em cada dez brasileiros (61%) não apoiariam um candidato à presidência da República que defendesse a privatização da Petrobras, aponta a pesquisa Pulso Brasil, da Ipsos, realizada entre 1º e 16 de maio. O levantamento também mostrou que 57% não é favorável a candidato que promete realizar a Reforma da Previdência.
Entre as regiões, o Nordeste teve o maior índice de rejeição à ideia de privatizar a Petrobras: 70%. O Centro-Oeste teve o menor percentual, com 36%. Com relação ao nível de instrução, brasileiros com nível superior (67%) são os que mais rejeitam a proposta de privatização.
“Estudos anteriores já apontavam para esta postura mais estadista do brasileiro, especialmente no que tange à privatização da Petrobras”, ressalta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.
Já sobre a Reforma da Previdência, a região Sudeste possui o maior nível de rejeição, com 65%. O Sul é o mais favorável à ideia, quase metade dos entrevistados (45%) disseram que apoiariam um candidato que prometesse realizar a reforma. Quase metade dos brasileiros com
nível superior (49%) não apoiaria um candidato que defendesse a Reforma da Previdência.
“A Reforma da Previdência é uma tema delicado e que ainda não foi compreendido pela população. A sensação de perda de direita também acarreta em menor apoio a candidatos que defendam essa bandeira”, diz Cersosimo.
Ainda sobre a privatização, seis em cada dez entrevistados (62%) não apoiariam quem defendesse a privatização do Banco do Brasil. O índice é ainda mais alto na faixa etária entre 60 e 65 anos, com 69%.
Por outro lado, a região Centro-Oeste possui o índice mais alto (46%) entre os que apoiariam um candidato que defendesse a privatização da instituição bancária. As regiões Sudeste e Nordeste são as mais contrárias às medidas, com 68% e 67%, respectivamente.
A pesquisa também mostrou que a maioria dos brasileiros (71%) apoiaria um candidato que prometesse o fim do foro privilegiado. Os brasileiros também apoiariam candidatos que reduzissem os gastos públicos (68%) e promovessem a reforma política (65%).
Nesta última edição, a Ipsos entrevistou presencialmente 1.200 pessoas em 72 municípios, entre 1º e 16 de maio. A margem de erro é de três pontos percentuais.
(* Com informações do Instituto Ipsos com Jornal GGN – Leia Aqui )