“A proposta de reforma da Previdência do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, praticamente acaba com a aposentadoria pública no Brasil”, denuncia a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Paulo Guedes, ‘mentor’ da área econômica de Bolsonaro,a ideia é eliminar a contribuição patronal para a previdência e capitalizar a aposentadoria.
Outra proposta defendida pelo economista é a faixa única de imposto de renda, que triplica impostos para os brasileiros, especialmente os mais pobres.
Segundo a CUT, no Chile, onde o modelo foi adotado de capitalização foi adotado, “milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram prejudicados”. A instituição classificou a proposta do IR como “extremamente prejudicial à classe trabalhadora”.
O sistema previdenciário sugerido pela equipe econômica de Bolsonaro é igual ao implantando no Chile no início da década de 80, em que cada trabalhador deposita cerca de 10% do seu salário em uma conta individual, gerida por empresas privadas que cobram altas taxas de administração.
Nesse sistema, não há contribuições dos empregadores ou do Estado. Cinco empresas financeiras privadas administram esses fundos de pensão: elas têm patrimônio equivalente a 70% do PIB chileno, segundo dados da OCDE.
“Suicídio econômico e social”
De acordo com o economista e professor da Unicamp Eduardo Fagnani, “a implantação do modelo chileno no Brasil completaria o suicídio econômico e social em curso, uma vez que a Previdência Social é um dos principais sistemas de distribuição de renda no nosso País”. Os relatos foram publicados no site da CUT.
Fagnani argumenta que, hoje no Brasil, são 30 milhões de beneficiários da Previdência Social, sendo que 70% desse montante recebem apenas um salário mínimo. “É um importante mecanismo de proteção social e que contribui para a queda da desigualdade social”, diz o economista, que explica, também, que o sistema chileno beneficia somente os fundos de pensão privada.
(* Com informações da CUT – Leia mais Aqui )