28 de abril de 2024
Planejamento para um futuro saudável

“É necessária uma mudança de mentalidade e de percepção do desafio da longevidade e das novas formas e relações de trabalho. Vai ser cada vez mais importante a poupança individual e o esforço próprio para custear as necessidades dos brasileiros durante o período de aposentadoria”. A defesa de novas abordagens na discussão do tema da aposentadoria é do professor Luiz Eduardo Afonso, do Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

O alerta é de fato essencial. A sociedade continua buscando soluções para o grande dilema do futuro a partir de soluções que levam em conta paradigmas de uma sistema produtivo que tende ao esgotamento diante da quarta revolução industrial. Ou revolução digital. Com a tecnologia como protagonista de transformações, o emprego não será o mesmo, assim como a remuneração, o local de trabalho e as perspectivas das profissões.

Diante do quadro repleto de incertezas, o professor da USP levou a uma audiência pública sobre previdência complementar, promovida pelo governo federal em maio, uma proposta desenvolvida por um grupo de pesquisadores do México. Os mexicanos publicaram um estudo sobre a chamada Miles of Retirement (em tradução livre, milhas para a aposentadoria). “Nós usamos o prazer de gastar ao invés da dor de economizar”, dizem eles.

Milhagem

“Já pensou em economizar comprando?”, diz Luis Eduardo Afonso, que defende um modelo semelhante ao de milhas, usado pelas companhias aéreas. A compra de determinados produtos é revertida em benefícios para a aposentadoria.

“Você faz uma coisa hoje e, ao mesmo tempo, ajuda a sua aposentadoria lá na frente”, resume Luis Eduardo Afonso. Segundo ele, o consumidor, no papel de poupador para o futuro, “poderia trocar, por exemplo, por um determinado valor no seu plano de previdência”. Afonso acredita que a ideia é perfeitamente aplicável no Brasil.

“Eu acho que existe muito espaço para soluções inovadoras. A gente tem sido quase atropelado pelo tanto de inovação que tem aparecido, como abrir conta sem precisar ir no banco e o cartão eletrônico”, diz, e acrescenta: “Acho que temos que estar de olho aberto porque temos novas relações de trabalho e novas necessidades. Pessoas com perfis distintos demandarão produtos distintos”.

(* Com informações de Carlos Teixeira/Radar do Futuro – Leia mais Aqui )

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