Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que mais de um terço dos idosos brasileiros, com 50 anos ou mais, enfrentam sintomas de depressão (34%), enquanto 16% relatam sentimentos de solidão. A pesquisa, baseada em respostas de 7.957 participantes para o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), destacou que a solidão é quatro vezes mais comum entre os idosos sempre solitários, aumentando o risco de depressão ao dobrar quando se vive sozinho.
As descobertas, publicadas na revista “Cadernos de Saúde Pública“, enfatizam que as mulheres, problemas de sono e uma autoavaliação ruim da saúde estão ligados à solidão. A pesquisa utilizou uma escala de oito itens para avaliar sintomas depressivos, com pelo menos quatro itens indicando sintomas depressivos. Os participantes foram indagados sobre solidão, sendo importante diferenciar entre esse sentimento subjetivo e o isolamento social, que envolve fatores mensuráveis como viver sozinho ou ter poucos contatos sociais.
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Morar sozinho é um indicador de isolamento social, mas nem sempre resulta em solidão. No entanto, para muitos idosos brasileiros, morar sozinho é uma circunstância imposta, ligada à falta de opções e limitações de saúde. Essa realidade aumenta a chance de se sentirem solitários, especialmente entre os mais velhos, cuja saúde pode deteriorar sem redes de suporte.
O estudo destaca a importância de compreender a interseção entre solidão e depressão entre os idosos brasileiros, bem como a diferença entre esses dois conceitos. Compreender esses fatores é crucial para desenvolver estratégias de apoio e intervenções que melhorem a qualidade de vida dos idosos.
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